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sábado, 29 de junho de 2013

Homem sofre acidente na subestação da CEEE em Tramandaí 

O acidente provocou interrupção no fornecimento de energia para toda a cidade na tarde de hoje Tramandaí  - Por volta das 14 h 30 de hoje, um funcionário de uma empresa terceirizada que presta serviço de segurança na subestação da CEEE Distribuição, em Tramandaí, sofreu um acidente. Ele foi encaminhado para o Hospital de Tramandaí e de lá, foi transferido para o Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, onde recebe atendimento. Em nota, a CEEE informou que as causas do acidente estão sendo apuradas.


O acidente provocou interrupção no fornecimento de energia para toda a cidade na tarde de hoje. Às 16h30, foi retomado o fornecimento para os alimentadores que abastecem a região central de Tramandaí (priorizando o atendimento ao hospital), parte de Imbé e Nova Tramandaí. Ao longo da tarde foi restabelecida a energia para os demais bairros, restando ainda cerca de 6.500 clientes, principalmente na zona Norte de Imbé, que devem ter o abastecimento normalizado até o final da noite.

domingo, 16 de junho de 2013

Dilma e Blatter são vaiados na abertura da Copa das Confederações

16/06/2013




Por: Correio Braziliense 

Constrangimento na abertura

Dilma Rousseff e Joseph Blatter são vaiados por três vezes ao anunciarem o início do torneio, e presidente da Fifa reage com pedido de fair play e respeito à torcida. Do lado de fora do estádio, novos protestos

Paulo de Tarso Lyra, Gustavo Aguiar e Adriana Caitano

A presidente da República, Dilma Rousseff, e o presidente da Fifa, Joseph Blatter, foram vaiados por 67 mil espectadores na abertura da Copa das Confederações ontem, no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. Os protestos aconteceram em três momentos: durante o anúncio dos nomes dos dois pelo sistema de som da arena; na hora em que Dilma teve o nome mencionado por Blatter; e quando ela pegou o microfone para declarar "aberta a Copa das Confederações em 2013". O suíço cobrou respeito e fair play da multidão.

A fisionomia da presidente foi de constrangimento ao ouvir a reprovação popular. A organização tentou poupá-la: quando estouraram os primeiros protestos, o telão desviou a imagem para o campo de jogo e mostrou a Seleção Brasileira. Depois de segundos de hesitação, Blatter começou a se manifestar e não teve jeito — a imagem teve que retornar à tribuna de honra.

As vaias vieram depois de uma semana em que a presidente teve notícias ruins da economia e de duas pesquisas de opinião pública. Do lado de fora do estádio, estudantes entraram em confronto com a polícia, defendendo que os recursos gastos para realizar a Copa das Confederações e a Copa do Mundo seriam melhor investidos se fossem direcionados para a educação e a segurança. Na internet, #chupaDilma chegou a ocupar o posto de segundo hashtag mais popular no mundo, próximo das 19h.

A vaia lembrou os protestos ouvidos pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Maracanã, em 2007, na abertura dos jogos Pan-Americanos. Na época, ele apontou que a manifestação teria sido orquestrada pela oposição, já que o então prefeito do Rio de Janeiro era César Maia. O agora vereador carioca pelo DEM aproveitou para ironizar as vaias recebidas pela presidente Dilma e postou diversos tuítes sobre o episódio, em um deles, dizendo estar em casa: "Presidente Dilma leva uma grande vaia no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Alô, Lula! Eu estou em casa".

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, agendou uma reunião com os manifestantes

Manifestações

Pressionados, integrantes do governo, ainda que de maneira individual, tentaram reverter a maré negativa que ronda o Planalto. Preocupado com o confronto entre estudantes e policiais nos arredores do estádio, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, antes do início do jogo, foi ao encontro dos manifestantes que ocupavam uma parte do Eixo Monumental, próximo ao Planetário.

Ele marcou uma reunião com representantes do movimento para amanhã, às 9h30, no Palácio do Planalto. Será a primeira vez que algum representante público receberá integrantes das manifestações que estouraram em todo o país ao longo de toda a semana que passou. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, convidou líderes do Movimento Passe Livre para uma reunião do Conselho da Cidade, na terça-feira, em São Paulo.

Tão logo se aproximou dos manifestantes, Gilberto ouviu reclamações sobre a ação violenta da polícia. Explicou que "esperava-se que a manifestação fosse pacífica", mas esclareceu que a corporação foi orientada a agir com rigor, caso os manifestantes atrapalhassem a chegada dos torcedores ao estádio. Ele disse, ainda, que a manifestação "é infantil, com argumentos vazios" e acrescentou que muitos dos participantes nem sabiam por que estavam no local. Eles mostraram cartuchos vazios das balas de borracha que foram disparadas, e o ministro orientou que elas fossem levadas ao palácio durante a reunião e, depois, entregues à Corregedoria da Polícia.

Em nota oficial , o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), questionou quais serão as ações adotadas pela Polícia Federal para combater os protestos marcados para Brasília. "A segurança pública na capital é custeada pela União, o que torna obrigatória uma resposta do governo federal. Esperamos que o ministro analise o ocorrido e, se necessário, acione a Polícia Federal para ajudar Brasília", provocou.

Memória: Lula é alvo de protestos

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva viveu o mesmo constrangimento de Dilma em 2007, durante a cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro. Lula foi vaiado diversas vezes pelo público e acabou desistindo de fazer o discurso de abertura dos jogos, que custaram, na época, R$ 1,8 bilhão aos cofres federais. Para suprir a ausência da fala do presidente, foi escalado para discursar o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman.

Para evitar o aumento da rejeição — habilidade que faltou ontem ao presidente da Fifa, Joseph Blatter —, Nuzmann não citou o nome de Lula. Preferiu ressaltar que o Pan de 2007 era a prova de que o Brasil tinha condições de sediar grandes eventos. Ele ainda lutava para trazer para o Rio de Janeiro as Olimpíadas de 2016.

Lula, contudo, optou por não passar recibo. O Planalto afirmou que o fato dele sequer ter aberto os Jogos foi apenas um desencontro de cerimoniais. Lula e o então vice-presidente, José Alencar, não comentaram o episódio na saída do estádio. Posteriormente, Lula reforçou a argumentação do ministro do Esporte da época, Orlando Silva, de que as vaias teriam sido orquestradas. (PTL)